A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) confirmou, nesta terça-feira (11), o terceiro surto do fungo Candida auris no Brasil.
O mais novo caso foi registrado no Hospital da Restauração, no bairro do Derby, área central do Recife.
A identificação foi confirmada pelo Laboratório Central de Saúde Pública Professor Gonçalo Moniz – Lacen/BA.
“O laboratório realizou as análises utilizando o Maldi-Tof (Matrix-Assisted Laser Desorption Ionization Time-of-Light), um método que usa ionização para diagnosticar, de maneira rápida e eficaz, as proteínas de uma bactéria ou fungo”, comunicou a Anvisa.
Ainda de acordo com a agência, há outro caso suspeito, que está em investigação laboratorial.
Desde a identificação do caso suspeito, segundo a Anvisa, o hospital estabeleceu as medidas de precaução e adotou ações para prevenção e controle do surto.
Também segundo a Anvisa informou, a Coordenação Estadual de Prevenção e Controle de Infecção de Pernambuco foi notificada a respeito do caso suspeito, realizou visita técnica ao hospital e está prestando orientações, monitorando o surto e apoiando as ações de prevenção e controle de infecção.
A investigação epidemiológica será conduzida pelos Centros de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) e pelo EpiSUS (Epidemiologia Aplicada aos serviços do Sistema Único de Saúde – SUS).
Os laboratórios de referência (Lacens de Pernambuco e da Bahia) apoiam as análises das amostras enviadas pelo laboratório do hospital.
O Lemi da EPM/Unifesp se prepara para o sequenciamento dos isolados.
Uma força-tarefa foi formada para vigilância, monitoramento, prevenção e controle. O grupo é formado pela Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), pela Coordenação Estadual de Prevenção e Controle de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (Iras), pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) – Nacional, Pernambuco e Recife, pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Pernambuco, pela Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde Pública da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (CGLAB/SVS/MS), pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (Lacen-PE), pelo Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA), pelo Laboratório Especial de Micologia (Lemi) da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp), por especialistas em prevenção e controle de infecção e micoses sistêmicas e pela Gerência de Vigilância e Monitoramento em Serviços de Saúde (GVIMS), que integra a Gerência-Geral de Tecnologia em Serviços de Saúde (GGTES) da Anvisa.
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