O novo lockdown promovido pelo governo chinês em Shangai ganha novos capítulos e passa a gerar caos na cidade, com moradores sem comida, país sendo separados de seus bebês e com trabalhadores sendo forçados a dormir em fábricas. O confinamento estava programado para terminar na semana passada, na terça-feira (5), entretanto de maneira repentina ele agora se tornou estendido de forma “indefinida” pela China.
Com 26 milhões de moradores, os 14 casos diários confirmados em 23 de março evoluíram para 828 em 7 de abril, com uma disseminação alta da variante Ômicron na cidade com maior número de habitantes na China, a variação inclusive já se espalhou por diversos outros países e se mostrou mais contagiosa, entretanto menos letal que as anteriores.
Desde o início da pandemia a China implementou regras rigorosas para conter o avanço da doença no país, mas na última semanas a política de confinamento foi ainda mais dura. A população chinesa estava originalmente preparada para se manter no lockdown até a terça, mas com a extensão das medidas, agora de forma indefinida, grande parte dos habitantes já não possui mais comida estocada em casa.
Falta de alimentos
Segundo o jornal inglês The Guardian, há relatos de chineses pedindo ajuda no Weibo, uma rede social semelhante ao Twitter. A maior parte das reclamações é devido à falta de alimentos. Já o jornal norte-americano The Sun relatou saques em um supermercado de Shangai. Imagens da ocorrência circulam pela internet. Nas redes sociais, há ainda vídeos que mostram as ruas de Shangai vazias em função do confinamento
Separação dos pais de seus bebês
O governo ordenou que crianças acima de 2 anos que testassem positivo para a doença fossem imediatamente isoladas de seus pais, sem que sequer fosse permitido aos responsáveis acompanhá-las nos centros de tratamento, a medida causou revolta na população.
Os galpões ondem ficavam os bebês não contavam com o suporte necessário de enfermeiros para cuidar das crianças da maneira correta. Diversas denúncias de maus-tratos surgiram, levando ao governo flexibilizar essa regra e permitir que os pais ficassem com os filhos.
Trabalhadores são obrigados a dormir nas fábricas
Por se tratar do principal centro financeiro do país, donos de indústrias têm pedido aos funcionários que durmam nas fábricas, para impedir que eles tenham contato com outras pessoas e contraiam a doença.
Aqueles que testarem positivo para Covid-19 poderão ser levados para centros de isolamento coletivos. De acordo com a BBC, essas instalações não possuem chuveiros ou espaço para todos.
Os EUA condenaram as restrições ultra rígidas do governo chinês e falaram que as medidas são arbitrárias.
Fonte: UOL, R7, Mundo Militar
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