Ex-governador de São Paulo, João Doria (PSDB) anunciou, no início da tarde desta segunda-feira (23), a desistência da pré-candidatura à Presidência da República.
“Hoje dia 23 de maio, serenamente, entendo que não sou a escolha da cúpula do PSDB”, disse Doria.
O ex-governador estava sendo fritado pelo próprio partido diante da alta rejeição nas pesquisas de intenção de voto.
Ao lado do presidente do PSDB e de sua mulher, Bia, o ex-governador de São Paulo João Doria leu um discurso. Elencou ações como prefeito de São Paulo, de janeiro de 2017 e março de 2018, e como governador de São Paulo, entre janeiro de 2019 e abril de 2022.
Visivelmente emocionado, Doria não conteve as lágrimas ao final do seu discurso em que retirou a pré-candidatura à presidência.
“Saio com o coração ferido, mas com a alma leve. E com um sentimento de gratidão”, disse.
“Aceito essa realidade com a cabeça erguida. O PSDB saberá tomar sua melhor decisão para as eleições”.
Ao final do discurso, ele agradeceu colaboradores, a família, e recebeu aplausos com as mãos entrelaçadas e sem esconder o choro.
Além do presidente do PSDB, Bruno Araújo (PE), o líder da bancada tucana na Câmara dos Deputados, Adolfo Viana (BA), também estava presente ao pronunciamento de Doria.
Na semana passada, PSDB, MDB e Cidadania indicaram que a senadora Simone Tebet deve ser a escolhida para disputar a Presidência da República pelo bloco. Com a desistência de Doria, o caminho das legendas fica livre para a senadora. Antes, aliados de Doria mencionavam a possibilidade de ele ir à Justiça para cobrar o respeito pelas prévias do PSDB, vencidas por ele.
O PSDB tende a ficar com a vice na chapa de Simone Tebet, com um nome a definir. No entanto, uma ala do partido liderada pelo deputado federal Aécio Neves defende que haja lançamento de candidatura própria, mesmo com a desistência de Doria. O ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite é o preferido pelo grupo de Aécio.
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