No primeiro dia de campanha nas ruas, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) escolheram locais simbólicos para discursar: Lula foi ao ABC paulista, seu berço político, e Bolsonaro voltou a Juiz de Fora (MG), cenário da facada que levou durante a campanha presidencial de 2018.
Já Ciro Gomes (PDT) foi à ruas da Zona Leste de São Paulo.
Primeiro lugar na pesquisa Ipec divulgada nesta segunda-feira, com 44% das intenções de voto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi a São Bernardo do Campo, seu berço político, onde discursou na porta da fábrica da Volkswagen. O ex-presidente disse que Jair Bolsonaro é “possuído pelo demônio” e o chamou de “genocida” e “presidente fajuto”.
“Você foi negacionista, você não acreditou na ciência, não acreditou na medicina, não acreditou. Você acreditou na sua mentira. Se tem alguém que é possuído pelo demônio é esse Bolsonaro”, disse Lula, responsabilizando o ex-presidente sobre as mais de 600 mil mortes ocorridas na pandemia de Covid-19.
Em seu discurso, Lula afirmou também que Bolsonaro manipula a fé dos evangélicos e criticou a flexibilização da venda de armas.
Jair Bolsonaro foi a Juiz de Fora (MG) iniciar sua campanha à reeleição. O presidente discursou em um trio elétrico no mesmo local onde foi atacado com uma facada por Adélio Bispo de Oliveira na campanha às eleições de 2018. Com 32% das intenções de voto, Bolsonaro está em segundo lugar na corrida eleitoral, segundo pesquisa Ipec.
Acompanhado da primeira-dama Michelle Bolsonaro, a quem chamou de "pessoa mais importante neste momento", do senador Flávio Bolsonaro e do candidato a vice general Braga Netto, Bolsonaro pediu a seus apoiadores para irem às ruas no dia 7 de setembro: “No próximo dia 7, vamos todos às ruas pela última vez. Em um primeiro momento pela nossa independência, e em um segundo momento pela garantia da nossa liberdade”.
Ciro Gomes (PDT) foi a Guaianases, no leste da capital paulista, onde conversou com apoiadores e visitou pequenos comércios da região.
O ex-ministro e ex-governador do Ceará, que tem 6% das intenções de voto, explicou seu projeto de renda mínima, inscrito em seu plano de governo, e prometeu que, se for eleito, toda família com renda de até R$ 417 receberá uma complementação de até R$ 1 mil do governo federal.
“O programa tem como pretensão erradicar a pobreza no Brasil de uma vez por todas e fazê-lo uma seguridade social, protegendo nosso povo de ameaças, chantagens ou tentativas de suborno que acontecem nas épocas de eleições, como era com o PT e agora é com Bolsonaro”, disse Ciro.
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