Petrobras registra lucro recorde de R$ 188,3 bilhões em 2022



A Petrobras atingiu um lucro líquido recorde de R$ 188,3 bilhões em 2022. O resultado representou um crescimento de 77% em relação ao lucro líquido de 2021. 

Somente no 4º trimestre de 2022, o lucro líquido da companhia foi de R$ 43,3 bilhões, 38% superior ao mesmo período do ano anterior. 

Esses dados foram divulgados nesta quarta-feira (1º) pela companhia.

O aumento do lucro líquido em 2022 se deve principalmente à alta dos preços de petróleo internacional, melhor resultado financeiro e ganhos com acordos de coparticipação em campos da cessão onerosa. 

A relação dívida líquida/Ebitda ajustado (sem arrendamentos) foi de 0,27x ao fim de 2022, em comparação com 0,56x em 2021. A dívida financeira da Petrobras encerrou o ano em US$ 30 bilhões de dólares, uma redução de 16% em relação a 2021.

Em 2022, a Petrobras atingiu o seu recorde de pagamento anual de tributos e participações governamentais, recolhendo o total de R$ 279 bilhões no Brasil. 

Em 2022, os recursos gerados pelas atividades operacionais alcançaram o recorde de R$ 255,4 bilhões e o fluxo de caixa livre positivo totalizou R$ 205,8 bilhões maior marca já atingida, representando, respectivamente, altas de 26% e 22% em relação ao ano anterior. Somente no 4º trimestre de 2022, o fluxo de caixa operacional foi de R$ 67,6 bilhões e fluxo de caixa livre foi de R$ 48,9 bilhões.

Pagamento de dividendos

Em atendimento à regra atual da companhia, foi aprovado o pagamento de dividendos no valor de R$ 35,8 bilhões, que serão distribuídos da seguinte forma: 

(i) primeira parcela, no valor de R$ 17,9 bilhões, que será paga em 19 de maio de 2023. 

(ii) segunda parcela, no valor de R$ 17,9 bilhões, será paga em 16 de junho de 2023.

“Dado que o montante proposto ultrapassa a aplicação da fórmula prevista na Política de Remuneração aos Acionistas da Petrobras em R$ 6,5 bilhões no trimestre, o Conselho de Administração (CA) sugeriu que os acionistas da companhia avaliem a criação de uma Reserva Estatutária (Reserva), na forma da lei, para reter até R$ 6,5 bilhões do resultado do exercício social de 2022”, diz nota da Petrobras.

“Caso os acionistas não acatem a sugestão do CA de criar a Reserva, ou, caso não seja retido todo o saldo, o Conselho recomendou aos acionistas que o pagamento desses R$ 6,5 bilhões ou do saldo remanescente ocorra em 27/12/2023 corrigido pela SELIC e deduzido do valor da segunda parcela de dividendos”, acrescentou.

Caso a proposta de distribuição de dividendos seja aprovada na Assembleia Geral dos Acionistas sem a retenção de reservas e sem postergação sugerida pelo Conselho de Administração aos acionistas, os dividendos serão pagos em duas parcelas iguais nos meses de maio e junho, segundo a companhia.

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