A taxa de desemprego em Pernambuco entre a população de 14 anos ou mais no 3º trimestre de 2023 foi de 13,2%, a segunda mais alta do país, atrás apenas da Bahia, cujo percentual foi de 13,3%. Em números absolutos, 555 mil pernambucanos procuraram emprego entre julho, agosto e setembro e não encontraram.
Os dados são da PNAD Contínua Trimestral, divulgada nesta quarta (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O instituto também divulgou a taxa de desocupação da Região Metropolitana do Recife, que foi de 16,6% no período, a maior entre as 20 regiões metropolitanas pesquisadas, e a do Recife (14%), a segunda mais expressiva entre as capitais brasileiras.
Ainda de acordo com a PNAD Contínua trimestral, a população fora da força de trabalho em Pernambuco, ou seja, que não está trabalhando nem procurando emprego, não teve alteração significativa na comparação entre o acumulado de julho, agosto e setembro e o 2º semestre de 2023, No entanto, houve um aumento de 7,2% na população fora da força entre o 3º trimestre de 2023 e o mesmo período do ano passado.
A PNAD Contínua Trimestral mostra ainda que 31% da população ocupada que trabalha em Pernambuco trabalha por conta própria, o terceiro maior percentual do país, atrás apenas de Rondônia (34%) e Maranhão (31,8%). Além disso, 66,5% dos empregados do setor privado no estado trabalham com carteira assinada, porcentagem inferior à média nacional, de 73,8%.
Dos dez grupamentos de atividade pesquisados pela PNAD Contínua, dois tiveram aumento no número de trabalhadores do 2º para o 3º trimestre deste ano: transporte, armazenagem e correio, com variação de 14,4% e agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, com variação de 10,6%.
O rendimento médio real habitual de todos os trabalhos dos pernambucanos no 3º trimestre de 2023 foi de R$ 2.109, valor estável em relação ao trimestre anterior. Já na comparação com o segundo semestre de 2022, houve um crescimento de 9,3%, o equivalente a R$ 179 a mais.
A taxa de informalidade em Pernambuco foi de 49,1% no 3º trimestre de 2023, contra 48,1% no período anterior, uma variação positiva de 1 ponto percentual. Com o resultado, Pernambuco está em nono lugar no ranking nacional. O IBGE estima que 1 milhão e 790 mil pessoas trabalham sem carteira assinada no estado. No Brasil, a taxa de informalidade é de 39,1% da população ocupada.
Para o cálculo da proxy de taxa de informalidade da população ocupada são consideradas as seguintes populações: empregado no setor privado sem carteira de trabalho assinada; trabalhador doméstico sem carteira de trabalho assinada; empregador sem registro no CNPJ; trabalhador por conta própria sem registro no CNPJ; trabalhador familiar auxiliar.
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