O contingente jovem pode chegar ao fim do século reduzido quase à metade, diminuindo as possibilidades da prosperidade da nação, de acordo com a pesquisa Juventudes que Contam: Percepções e Políticas Públicas, da FGV Social.
Os impactos serão crescentes na economia, principalmente no mercado de trabalho e na Previdência Social, de acordo com o economista Marcelo Néri, diretor da entidade.
“O Brasil terá que enfrentar a questão fiscal, sem esquecer das desigualdades. A queda na população jovem é uma tendência que já vinha acontecendo, mas se agravou com a pandemia. Com isso, teremos, pela primeira vez, falta de mão de obra. Se o país voltar a crescer, terá de investir em treinamento e produtividade, incentivar os mais velhos a voltar ao mercado e achar o caminho entre a sustentabilidade econômica e a social”, disse Neri.
Sem jovens, os mais velhos também sofrerão, já que a Previdência Social é solidária — as contribuições dos que trabalham bancam a renda de quem já “vestiu o pijama”, alerta o economista. Pelos dados da pesquisa, hoje, o país tem 49,95 milhões de jovens entre 15 e 29 anos. Em 2060, terá 34,43 milhões e, em 2100, 26,62 milhões.
No entanto, o Brasil não desce a onda jovem sozinho. Até 2060, o percentual de jovens vai diminuir em 95% dos 201 países com projeções populacionais. Atualmente, o Japão tem o menor percentual de jovens do mundo (14,7%), seguido por Itália (15%), Espanha (15,3%), Grécia (15,9%) e Portugal (15,9%).
Fonte: Diário de Pernambuco
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