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Recife abre mais um centro de testagem para varíola dos macacos




Nesta terça-feira (20), a Prefeitura do Recife amplia a testagem para a varíola dos macacos com a abertura da quarta unidade de referência para coleta de exames de casos suspeitos pelo vírus monkeypox. 

O novo espaço será no Centro de Saúde Professor Sebastião Ivo Rabelo, no bairro da Cohab, na Zona Sul, e vai funcionar de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. 

Para ter acesso aos exames, será necessário realizar agendamento no site ou aplicativo Conecta Recife, clicando na aba Vamos Testar, da mesma forma como acontece nas outras três unidades: Policlínica Waldemar de Oliveira, em Santo Amaro, Centro de Saúde Dr. José Dustan, na Iputinga, e Centro de Saúde Professor José Carneiro Leão, no Pina.

O exame, que é feito por um swab (espécie de cotonete) que coleta secreção diretamente das lesões do paciente e/ou colhe as crostas das erupções cutâneas, só poderá ser feito mediante apresentação de um encaminhamento com a solicitação do exame assinado e carimbado por um profissional de saúde de nível superior, segundo a prefeitura do Recife. Além disso, também será necessário levar um comprovante de residência no Recife e documento de identificação com foto.

As amostras realizadas nos exames são encaminhadas ao Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (Lacen/PE) e podem ser analisadas por laboratório de referência fora do Estado. O resultado leva cerca de 15 dias para ficar pronto, conforme a prefeitura do Recife informou. 

Podem realizar o teste pessoas de todas as idades e que apresentarem um ou mais dos seguintes sintomas: início repentino de lesões em mucosas; erupção cutânea única ou diversas em qualquer parte do corpo (rosto, dentro da boca, braços, pernas, peito, genitais ou ânus); dor no ânus, sangramento; inchaço no pênis. Essas questões podem ainda estar associadas a outros sinais e sintomas, como forte dor de cabeça, caroço em região do pescoço e da virilha, dores nas costas, dores musculares, falta de energia e calafrios.

Em caso de aparecimento de algum sintoma sugestivo de infecção por varíola dos macacos, a orientação é que a pessoa inicie isolamento e busque atendimento na unidade de saúde mais próxima. Em seguida, a pessoa receberá orientação quanto às condutas necessárias para os cuidados e acompanhamento da doença e evitar sua transmissão. 

A varíola dos macacos é transmitida, principalmente, por meio de contato com sangue, suor, secreções respiratórias, feridas de pele ou mucosas de pessoas infectadas, e pelo toque em objetos e superfícies contaminadas. Os grupos de risco de agravamento são as pessoas imunossuprimidas, gestantes e crianças. 

Os sintomas, geralmente, começam a aparecer três semanas após a contaminação com o vírus. As feridas da doença podem se espalhar por todo o corpo (rosto, dentro da boca, braços, pernas, peito, genitais ou ânus). As lesões passam por diversos estágios, mas, na fase inicial, se assemelham a espinhas. Outros sintomas podem surgir, como forte dor de cabeça, caroço em região de pescoço e virilha, dores nas costas, dores musculares, falta de energia e calafrios. A doença tem período limitado e determinado, com duração, normalmente, de duas a quatro semanas.

Não há tratamento específico para a doença. As pessoas com suspeita ou confirmação para a doença devem consumir líquidos e alimentos saudáveis para manter o estado nutricional adequado, além de deixar as feridas da pele sempre limpas e secas. O tratamento medicamentoso pode ser realizado para aliviar os sintomas, desde que sejam prescritos pelo profissional médico. Os sintomas, geralmente, desaparecem de forma natural. 

Entre as medidas de prevenção estão evitar contato íntimo com pessoas que apresentem feridas na pele; higienizar frequentemente as mãos com água e sabão e, para secá-las, dar preferência ao papel toalha. Caso não seja possível, utilizar álcool 70%. Além disso, não compartilhar utensílios domésticos, como roupas de cama, toalhas, talheres, copos e objetos pessoais com pessoas com suspeita ou confirmação para a varíola dos macacos.

O uso de máscara de proteção também é uma medida que deve ser adotada em locais públicos que promovem o contato próximo e prolongado.

Todo caso confirmado deve cumprir isolamento domiciliar imediatamente e permanecer afastado até que as feridas tenham cicatrizado completamente e uma nova camada da pele tenha se formado.

Pernambuco confirma primeiros casos de Váriola dos Macacos em menores de 10 anos


A Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES) divulgou, nesta sexta-feira (9), mais uma atualização dos casos notificados de varíola dos macacos. 

O Centro de Informações Estratégicas de Vigilância à Saúde (Cievs-PE) contabiliza, até o momento, 647 notificações, sendo 428 casos que ainda estão em investigação, 57 confirmados e 162 casos descartados.

Desde a última semana, Pernambuco já havia confirmado a transmissão comunitária do vírus monkeypox.

Do total das notificações, 57 pacientes tiveram confirmação laboratorial para a monkeypox.

Entre os casos com diagnóstico positivo, três são crianças menores de 10 anos. Esses são as primeiras confirmações, em Pernambuco, de varíola dos macacos na faixa etária infantil. 

Sobre os 3 casos de varíola dos macacos e crianças, são 2 meninas e 1 menino, com idades de 2, 3 e 5 anos, nos municípios de Cabrobó (1) e Jaboatão dos Guararapes (2).

Ainda entre crianças menores de 10 anos, Pernambuco investiga outros 67 casos de varíola dos macacos.

Além dos três casos confirmados de varíola dos macacos de 0 a 9 anos, as demais faixas etárias com diagnóstico positivo da doença são: 20 a 29 (23 casos), 30 a 39 (19) e 40 a 49 (9), 50 a 59 (1) e a partir de 60 anos (2).

Do total de casos confirmados de varíola dos macacos, 48 são do sexo masculino e 9 do sexo feminino. Dos casos confirmados, todos estão em isolamento domiciliar.

Já os 428 casos de varíola dos macacos que estão em investigação, as faixas etárias são: 0 a 9 (67), 10 a 19 (80), 20 a 29 (92), 30 a 39 (78), 40 a 49 (54), 50 a 59 (32) e 60 e mais (25), sendo 242 do sexo masculino e 186 do sexo feminino.

Os casos notificados de varíola dos macacos, segundo a Secretaria de Saúde, estão sendo acompanhados pelas equipes de vigilância epidemiológica municipais.

A secretaria disse, em nota, que o estado de Pernambuco possui o Plano de Resposta de Saúde Pública aos Casos de Monkeypox, com o objetivo de minimizar o impacto provocado pela introdução do vírus no território estadual.

Como ainda não há vacina para a doença, a recomendação é que, caso ocorra o aparecimento de lesões, a pessoa procure um serviço de saúde na sua cidade, mantenha o isolamento e siga as recomendações médicas, a fim de evitar a transmissão e propagação da varíola dos macacos.